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Projeção coloca Amazonas como sexto maior PIB do país em 2024

Dados do Branco do Brasil apontam que o Norte e o Nordeste puxaram o crescimento do país para cima

Lucas dos Santos
online@acritica.com
06/01/2025 às 19:45.
Atualizado em 06/01/2025 às 19:45

Polo Industrial de Manaus é um dos responsáveis pelo crescimento do PIB do Amazonas (Foto: Reprodução)

O Amazonas deve fechar o consolidado de 2024 com um Produto Interno Bruto (PIB) de 5,2%, o sexto maior do Brasil e o quarto da região Norte. À frente dele só estão os estados da Paraíba (6,6%), Rio Grande do Norte (6,1%) e Tocantins (6%), que ficou com o maior índice do Norte. A projeção foi divulgada pelo Assessoramento Econômico do Banco do Brasil (BB), que já estima um crescimento de 2,6% para o Amazonas em 2025.

O maior responsável pelo resultado do estado foi o PIB do setor de Serviços, que acumulou 5,7% de acordo com as projeções, seguido por 4,5% no PIB da Indústria. A única queda detectada foi no setor Agropecuário, com 0,9% negativos, muito em virtude dos impactos da estiagem recorde nas safras. Os dados utilizados datam do mês de outubro e ainda podem se alterar.

Segundo o relatório, o Amazonas acumulou a maior alta entre as unidades federativas no setor de serviços, com um crescimento de 9,3% no ano. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), o Amazonas bateu recorde de importações até novembro de 2024, superando em mais de US$ 2,3 milhões os valores do mesmo período de 2023. O estado importou matéria prima para transformar em componentes nacionais, demonstrando os efeitos positivos do setor industrial sobre o comércio e os serviços.

Tendência

Os dados do Banco do Brasil apontam na direção de uma tendência já avaliada pela Sedecti. Os dados divulgados pela secretaria na última semana de dezembro mostram que o PIB do Amazonas cresceu 3,04% no terceiro trimestre de 2024, com um aumento nominal de 7,6% em relação a 2023. Na comparação com o 2º trimestre de 2024, o crescimento nominal do PIB do Amazonas foi de 2,35% e, descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o aumento real foi de 1,54%.

À época, o secretário-executivo da pasta, Gustavo Igrejas, destacou que todos os setores haviam registrado crescimento e que as expectativas é de que melhores resultados viriam em 2025.

“Isso mostra como a economia do Amazonas está extremamente aquecida e como todas as contingências que foram feitas para mitigar os efeitos da estiagem deram muito certo. Nós estamos com um crescimento extremamente expressivo e com bastante esperança de que o ano que vem esse crescimento seja ainda maior”, declarou.

A indústria foi um dos pontos altos, principalmente em virtude dos ótimos resultados da Zona Franca de Manaus (ZFM). A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) projetou que o polo industrial deve consolidar 2024 com o faturamento recorde de R$ 202,6 bilhões, crescimento de 16,8% em relação ao ano anterior.

O presidente da instituição, Antonio Silva, destacou que o bom desempenho na economia veio apesar de “todos os problemas de intempéries climáticas que, de uma forma ou outra, prejudicaram nosso crescimento, mesmo com as medidas preventivas para evitar o colapso no abastecimento”.

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