Jaqueline Amorim encara Polyana Viana em duelo 'Amazonas e Pará' no UFC

Indo para a sua quinta luta dentro do UFC, a amazonense Jaqueline Amorim tem um raro duelo regional pela frente dentro da maior organização de MMA do mundo. A lutadora baré enfrenta a paraense Polyana Viana, pelo peso-palha (até 52,1kg), sendo a terceira luta do card preliminar, que terá como luta principal o encontro de Ian Garry contra Carlos Prates. Todas as 14 lutas do UFC Kansas City serão transmitidas neste sábado (26), a partir das 18h (de Manaus), no UFC Fight Pass. 

Em entrevista exclusiva para o CRAQUE, caderno de esportes do jornal A Crítica, Jaqueline destacou a ‘rivalidade’ entre os estados do Amazonas e Pará, disse estar pronta para representar o local em que nasceu, mas admitiu que, enfrentar uma conterrânea, nunca é algo que se encontra em seu plano A.

“Eu acredito que sempre teve uma rivalidade entre Manaus e Pará né? Eu não gosto de lutar contra brasileira nunca é minha primeira opção, mas o UFC que manda então eu pretendo representar o meu estado da melhor maneira possível”, disse a amazonense que tem o jiu-jitsu na veia e é ex-moradora do bairro Compensa, zona Oeste de Manaus. 

Há dois anos dentro da organização, Jaqueline só perdeu em sua estreia, quando encarou a americana Sam Hughes, no UFC 287, encabeçado por Poatan e Adesanya 2. Após este revés, Amorim engatou uma sequência de três vitórias seguidas, batendo as seguintes adversárias: Montserrat Ruiz, Cory McKenna e Vanessa Demopoulos. Sendo as duas últimas por finalização no primeiro round. 

Já Polyana, não chega em um momento positivo para esta luta. Com derrotas para Iasmin Lucindo e Gillian Robertson, a paraense vem pressionada para este sábado: “Sim, estamos vindo de fases diferentes dentro do UFC. E eu vindo de vitórias isso fortalece mais a confiança, mas claro eu acredito que ela venha bem-preparada também assim como eu estou”, destacou Jaqueline. 
 

 Visando o ranking

Após conseguir mais uma vitória – sendo a quarta seguida dentro da organização – Jaqueline já tem muito estabelecido qual será o seu próximo passo dentro do UFC: a busca por alguém dentro do ranking peso-palha. Mas antes, a lutadora amazonense sabe que precisa estar focada para o desafio deste sábado e também falou sobre pontos fortes que Polyana irá trazer para o confronto.

“Sim, com certeza. Esse é o meu objetivo após essa luta, quero entrar no ranking e lutar contra as melhores. A minha adversária é uma lutadora experiente, ela tem os pontos fortes dela ali no striking e jiu-jitsu. Mas vejo essa luta como uma luta boa para o meu jogo, ela tem umas brechas no jogo dela que eu posso explorar e conseguindo isso acho que vem mais uma finalização”, elaborou Jaqueline. 

 Sobre a preparação

 Lutadora da American Top Team, Jaqueline falou sobre alguns detalhes da sua preparação. Faixa preta de jiu-jitsu, a amazonense não esconde que a sua meta é buscar a finalização em suas lutas, mas que, para isso, vem evoluindo o seu jogo em pé para se tornar uma lutadora ainda mais completa e perigosa contra suas adversárias.

“Antes de eu começar um camp de treinamento para minha luta, eu sempre foco em coisas específicas que eu possa melhorar no meu jogo, como meu striking e wrestling. E eu conseguindo adaptar o striking com wrestling isso facilita muito chegar no meu objetivo que é a finalização. E para essa luta focamos muito nessa parte e vejo que estou melhorando cada dia mais no MMA”, conta Jaqueline.

 Torcida amazonense

 No último card do UFC, o amazonense Diego Lopes disputou o cinturão peso-pena contra Alexander Volkanovski. E antes do combate, algumas figuras da luta no Amazonas criticaram uma suposta falta de apoio ao lutador baré. A reportagem perguntou para Jaqueline se ela acredita nessa hipótese que falta apoio do público para os lutadores locais.

“Com certeza falta uma valorização maior para os atletas locais. Por esse motivo, muitos atletas amazonenses procuram uma vida melhor fora do país ou outros estados, eu sou um exemplo disso. Eu sempre tento representar nossa Manaus da melhor maneira possível e tenho orgulho das minhas raízes, mas as vezes é desmotivador por conta da falta de apoio da própria cidade natal. Somos muito bem representados no UFC, temos amazonenses disputando cinturão e ranqueados. Isso sem muito reconhecimento e acredito que se o estado começar a valorizar mais seus atletas isso dará uma motivação maior não só a quem já chegou no UFC mas, as crianças e adolescentes que sonham também um dia chegar lá”, concluiu Jaqueline.

Assuntos

Compartilhar