O início do ano é um ótimo momento para fazer as contas, renegociar dívidas, identificar e eliminar exageros, cortar gastos desnecessários e reequilibrar as contas
(Foto: Agência Brasil)
Passaram as festividades de final de ano, geralmente não sem algum excesso, e os consumidores já se deparam com a dura realidade das despesas que chegam junto com o novo ano. Quem tem filhos em idade escolar já está habituado com a tradicional lista de materiais, sem falar nas despesas com matrícula ou renovação nas instituições de ensino. Os gastos com materiais escolares – que impactam o orçamento de 85% das famílias brasileiras, são apenas alguns dentre tantos. Há ainda o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) entre outros gastos.
Como apenas duas apostas foram premiadas na mega da virada – e nenhuma do Amazonas – a realidade de todos segue na mesma por aqui, de modo que só planejamento e educação financeira podem assegurar o equilíbrio orçamentário dos amazonenses nesse início de ano. Não está em apuros quem adotou o controle de gastos meses atrás, antecipando-se aos dispêndios que viriam. Isso significa estabelecer limites no consumo, reservar recursos para contas futuras, além de alimentar um fundo mínimo para emergências.
Funcionários públicos do Estado tiveram que lidar com uma “armadilha” a mais: com a antecipação do salário de dezembro para antes do Natal, quem não conseguiu controlar as compras natalinas, já está com a carteira vazia e inicia 2025 com as finanças comprometidas. Os que conseguiram agir com racionalidade, adiantaram o pagamento de dívidas com descontos e seguem com a vida financeira livre de sustos.
Felizmente, nunca é tarde para começar a ter saúde orçamentária. O início do ano é um ótimo momento para fazer as contas, renegociar dívidas, identificar e eliminar exageros, cortar gastos desnecessários e reequilibrar as contas.
Além disso, já passou da hora da educação financeira ser disciplina obrigatória nos currículos escolares, tanto de instituições privadas como públicas. No ano passado, mais de 77% das famílias estavam endividadas. Vivemos a necessidade urgente de um amplo programa de educação financeira para os brasileiros. É certo que, se ainda na escola, as crianças e adolescentes fossem preparados para gerir adequadamente seus próprios recursos, de maneira realista e equilibrada, teríamos um país com bem menos endividados.