O ambiente hostil entre as duas principais figuras do Executivo Municipal vinha desde 2005, com Serafim Corrêa sendo fritado publicamente por Mário Frota.
(Foto: Divulgação)
De forma discreta, e em clima de paz e amor, o então vice-prefeito Marcos Rotta deixou, no último dia 31 de dezembro, a função que ocupou durante quatro anos na gestão David Almeida, rompendo um ciclo de intrigas entre prefeito e vice que rondou a Prefeitura de Manaus durante 20 anos. O ambiente hostil entre as duas principais figuras do Executivo Municipal vinha desde 2005, com Serafim Corrêa sendo fritado publicamente por Mário Frota.
Memória - Ao suceder Serafim, em 2009, Amazonino Mendes teve que lidar com a prisão do vice-prefeito Carlos Souza. Eleitos em 2012, o amor entre Arthur Neto e Hissa Abrahão logo se transformou em ódio.
Ruptura - O próprio Marcos Rotta, que foi vice-prefeito da segunda gestão de Arthur Neto, não tolerou os maus tratos na administração tucana e rompeu com o prefeito. O clima entre ambos ficou insuportável em 2018, e Rotta pediu licença para assumir a Secretaria da Região Metropolitana.
Lealdade - Mesmo preterido por David Almeida na indicação para a chapa do governador Wilson Lima, em 2022, Marcos Rotta seguiu leal ao prefeito. “Nunca tivemos um problema sequer que pudesse comprometer a nossa amizade”, disse, ao ser questionado sobre a relação. “Foram quatro anos de convivência pacífica e profunda harmonia”. Na nova fase da gestão, Rotta segue como chefe da Casa Civil.
Escrito nas estrelas - Tão certo de que seria levado novamente à presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis postou em uma rede social, três dias antes da eleição para a Mesa Diretora: “Os bons tempos estão voltando”. Fazia referência a uma notícia de 2022, quando a Câmara, sob a sua presidência, foi destaque no Ranking de Transparência.
Dever de casa - Enquanto o prefeito David Almeida fazia o discurso de posse e renovava promessas, durante cerimônia no Teatro Amazonas, na quarta-feira (1), o vereador de oposição Rodrigo Guedes (PP) anotava tudo o que o mandatário falava em um caderninho.
Outro lado - Sobre nota publicada pela coluna, ontem, dando conta da defesa feita pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás para veto integral, na regulamentação da Reforma Tributária, à benefício fiscal concedido à refinaria na Zona Franca de Manaus, o Grupo Atem se manifestou.
Isonomia - Conforme o Grupo Atem, a regulamentação da Reforma garante que o refino do petróleo tenha tratamento igual aos demais setores industriais na ZFM, fortalecendo a competitividade do setor na região Norte, que enfrenta desvantagens de logística e custos de produção. “É uma ação justa e essencial para o desenvolvimento econômico, a geração de empregos e a garantia da segurança energética da região”, afirma.
Desafio - Conforme a companhia, “o fato de a região Norte possuir apenas uma refinaria comprova o imenso desafio que é refinar petróleo na Amazônia, e eleva a importância estratégica da Ream para o Norte e para o Brasil. Viabilizar tal atividade é viabilizar o abastecimento de toda uma região que já sofre com o isolamento geográfico e a falta de políticas públicas”.