Violência

‘Confiávamos nele’: Prisão de motorista escolar por estupro abala mães de condomínio

Ele era vizinho dessas mulheres, anunciava seus serviços no grupo do condomínio e chegou até a transportar os filhos de algumas delas.

Karol Pacheco
26/04/2025 às 14:31.
Atualizado em 26/04/2025 às 18:03

Ao ser preso, ele negou as acusações (Foto: Divulgação)

A prisão de um motorista de condução escolar por ter estuprado uma criança de três anos levou mães de um grupo de whatsapp ao pânico e desespero. Ele era vizinho dessas mulheres, anunciava seus serviços no grupo do condomínio e chegou até a transportar os filhos de algumas delas.

“Senti um pânico indescritível quando vi a notícia. Fiquei aterrorizada, impactada e amedrontada”, afirmou a contadora Rociane Rebello, de 33 anos e com uma filha de 4.
Rociane disse que chegou a consultar os preços do trabalho do motorista, mas não o contratou porque ele disse que não fazia rota para a escola da filha dela.

“Sempre estamos alertas, mas ao mesmo tempo nos sentimos impunes, pois era uma pessoa do nosso convívio, já fazia condução há um tempo, não era algo novo. Ele parentava ser um senhor de família e com filhos, infelizmente não conseguimos ficar 24 horas de olho nos nossos filhos e isso nos causa muita insegurança”, afirmou.

Uma outra mãe, que não quis se identificar, disse que isso acendeu ainda mais um alerta sobre a segurança das crianças, mesmo em ambientes que deveriam estar mais protegidas. “Hoje em dia pagamos caro para morarmos em um condomínio, buscamos serviços de qualidade e, ainda assim, nossos filhos estão expostos à muitas situações perigosas. Diante disso, vimos que precisamos sempre buscar serviços credenciados e cadastrados nos órgãos de segurança, pois é uma forma a mais de mantermos as crianças minimamente protegidas”, afirmou.

"Meu filho tem menos de 2 anos, mas já frequenta a creche. Como nossa vida é bem corrida, e somos só nós dois, pensei em pedir apoio de uma condução para deixar ele na creche. Mas, após tudo o vimos nos últimos dias sobre, não tem condições. Apos essa essa notícia, vamos ficar em alerta pois infelizmente o perigo está muito próximo, a sensação é de que não podemos confiar em ninguém. Que bom que não cheguei a entrar em contato com ele,mas conheço algumas mães que já entraram em contato, e deve ser desesperador pensar que o nossas crianças ficaram expostas a esse tipo de perigo em algum momento", disse a agente comercial Hanny, 25 anos. 

Entenda o caso

O homem não possuía antecedentes criminais e negou as acusações. No entanto, a polícia suspeita que ele possa ter cometido crimes semelhantes contra outras crianças. 

A vítima, por ser muito pequena, tem dificuldade em relatar detalhes sobre tempo e local dos abusos. As investigações agora buscam determinar se os crimes ocorriam dentro do veículo ou em paradas feitas pelo motorista.  

O acusado foi encaminhado para audiência de custódia e permanecerá à disposição da Justiça. A polícia também solicitou a quebra de sigilo de seus dados telefônicos, que estão em análise pericial.

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