Na última semana, a modelo Carol Ribeiro compartilhou o seu diagnóstico, reacendendo o debate sobre a doença
Carol Ribeiro foi diagnosticada com esclerose múltipla (Foto: Divulgação)
Do brilho das passarelas à luta contra uma doença invisível, a modelo Carol Ribeiro compartilhou, na última semana, sua jornada de diagnóstico de esclerose múltipla, uma condição que, embora silenciosa, impacta profundamente a vida das mulheres, especialmente aquelas entre 20 e 40 anos. O relato não somente ganhou destaque na mídia, mas também reacendeu o debate sobre a doença, encorajando o público a buscar informações e suporte sobre a esclerose múltipla.
Com isso em mente, o VIDA & ESTILO deste sábado (19) conversou com o médico neurologista Eduardo Ramos sobre a condição - que, segundo números do Ministério da Saúde, afeta 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo. “A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, degenerativa e que afeta o sistema nervoso central [cérebro, cerebelo, medula], causando variados sintomas de acordo com a localização das lesões, como perda de força, alterações de sensibilidade, desequilíbrio, déficit visual, vertigem, etc.”, explicou o especialista.
“Exatamente pela extensão de comprometimento, os sintomas variam muito de pessoa para pessoa, sendo importante atentar para o início e persistência desses sinais”, completou.
Conforme Ramos, os pacientes recém-diagnosticados costumam enfrentar uma série de desafios, por se tratar de uma doença que pode vir a causar incapacidades importantes, como as dificuldades com seguimento e acompanhamento adequados, e, especialmente, por conta de seus medicamentos, que possuem alto custo no mercado.
“O diagnóstico da esclerose múltipla é dado através de uma boa avaliação clínica, exame físico extenso e alguns [exames] complementares, como ressonância magnética de crânio e coluna”, ressaltou o médico neurologista.
Apesar de ser mais comum entre mulheres jovens, os fatores que levam a isso, bem como os de risco, ainda não são totalmente esclarecidos.
Tratamento
Segundo Eduardo Ramos, atualmente, dispomos de um grande número de medicamentos que visam combater a doença, com diferentes mecanismos de ação. “O médico neurologista é o mais capacitado para indicar a melhor opção, de acordo com cada paciente”, acrescentou o especialista.
“Uma mensagem importante para todos os pacientes que têm a doença é que os avanços no tratamento têm sido cada vez maiores e, por isso, é importante manter um acompanhamento multidisciplinar, com neurologista, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e outros profissionais, de acordo com os sintomas. Importante frisar que, apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, busca-se sempre qualidade de vida”.